segunda-feira, 29 de outubro de 2007
VOCÊ JÁ COMPROU SEU enROLEX?
Tempos atrás, produto pirata só era usado sob disfarce. Quem tinha um Rolex made in Paraguai jurava que a jóia era legítima. Hoje, os produtos falsificados estão por toda parte. Bolsas, relógios, óculos de sol, tênis, roupas e perfumes piratas conquistam um número cada vez maior de consumidores de todas as idades e classes sociais. O pior é que mesmo quem poderia adquirir peças originais prefere os falsificados. “O custo de uma locação na Blockbuster é superior ao de qualquer DVD pirata, que chega ao camelô quando o filme ainda está em cartaz, gravado de dentro do cinema”.
Um em cada três DVDs vendidos no Brasil é “genérico”. Também são ilegais dois em cada três softwares e metade dos tênis e CDs. No País, o mercado ilegal movimenta anualmente R$ 56 bilhões, segundo a consultoria internacional McKinsey, e causa a perda de R$ 8 bilhões por ano em evasão fiscal.
No primeiro trimestre, a Receita Federal apreendeu em Foz do Iguaçu mais que o dobro de DVDs gravados e 35% mais DVDs virgens do que no ano passado inteiro. A vigilância das fronteiras é necessária porque 80% dos produtos piratas vêm de fora, em especial da China, onde 92% dos softwares e 90% dos CDs são ilegais. No Brasil, softwares e CDs falsificados representam 64% e 52% dos respectivos mercados.
No Brasil, ao contrário de países ricos, o comércio acontece às claras.
domingo, 21 de outubro de 2007
O MAIOR CONTRABANDISTA DO BRASIL
Foi preso em junho de 2004, condenado a 4 anos de reclusão e hoje está em liberdade condicional. Ele contrabandiava televisores de plasma, perfumes, brinquedos, CDs, DVDs, relógios, etc.
Law Kin Chong não foi preso por contrabando, mas por corrupção ativa, flagrado numa tentativa de suborno a um Dep. Federal, presidente da CPI da Pirataria oferecendo a propina de 2 milhões de dólares.
Contrabandistas como Law só existem a partir do momento que se tem uma polícia corrupta que favorece o crime organizado.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
TROPA DE ELITE
Temos um exemplo muito recente do filme "Tropa de elite" que foi vítima da pirataria. O filme que quase todo carioca já tinha visto, antes mesmo de ter sido estreado, levanta uma questão interessante, a PIRATARIA. É pirataria do ponto de vista legal, certamente. E o crime de revenda deste material é indiscutivelmente grave.
Não demora muito para baixar Tropa de Elite, filme ainda por estrear dirigido por José Padilha, pela rede Bit Torrent de trocas. Coisa de duas horas. São raros os filmes que descem assim tão rápido. Quer dizer uma coisa simples: tem muita gente baixando e a oferta é vasta.Jamais havia acontecido algo do tipo, no Brasil: um filme que cai na rede antes de ser lançado. De imediato, desconfiou-se que o diretor o pôs propositalmente para provocar o disse-me-disse. É uma desconfiança legítima.
Tropa de Elite fala de corrupção policial e tráfico de drogas no Rio de Janeiro. O filme é baseado no livro de mesmo nome escrito por três homens que entendem do assunto.
"Foi com surpresa que, ao passar o último fim de semana no Rio revendo amigos e família, ouvi de todos algo sobre o filme. Do taxista, do cunhado, do primo. Todo mundo viu Tropa de Elite numa cópia pirata e gostou. Nenhum filme nas salas de exibição causa o mesmo impacto.Não basta ser de graça e estar na rede. É preciso, por exemplo, ajudar a elucidar esse mistério. O que há naqueles morros que vemos ao passar por Ipanema, pergunta-se o carioca de classe média? Como é a vida lá? Tropa de Elite responde um pouco.Não vai, aqui, uma justificativa da pirataria. Muito menos para a revenda de DVDs piratas. O problema é acreditar que o controle sobre informação permanecerá tão possível quanto no tempo em que cinema no Brasil era com Oscarito.Informação desejada será consumida. Tropa de Elite é o primeiro caso de filme que vazou para a internet no Brasil. Isso vai ficar cada vez mais comum."