A classe média adere à pirataria e ajuda o Brasil a perder R$ 8 bilhões por ano.Tempos atrás, produto pirata só era usado sob disfarce. Quem tinha um Rolex made in Paraguai jurava que a jóia era legítima. Hoje, os produtos falsificados estão por toda parte. Bolsas, relógios, óculos de sol, tênis, roupas e perfumes piratas conquistam um número cada vez maior de consumidores de todas as idades e classes sociais. O pior é que mesmo quem poderia adquirir peças originais prefere os falsificados. “O custo de uma locação na Blockbuster é superior ao de qualquer DVD pirata, que chega ao camelô quando o filme ainda está em cartaz, gravado de dentro do cinema”.
Um em cada três DVDs vendidos no Brasil é “genérico”. Também são ilegais dois em cada três softwares e metade dos tênis e CDs. No País, o mercado ilegal movimenta anualmente R$ 56 bilhões, segundo a consultoria internacional McKinsey, e causa a perda de R$ 8 bilhões por ano em evasão fiscal.
No primeiro trimestre, a Receita Federal apreendeu em Foz do Iguaçu mais que o dobro de DVDs gravados e 35% mais DVDs virgens do que no ano passado inteiro. A vigilância das fronteiras é necessária porque 80% dos produtos piratas vêm de fora, em especial da China, onde 92% dos softwares e 90% dos CDs são ilegais. No Brasil, softwares e CDs falsificados representam 64% e 52% dos respectivos mercados.
No Brasil, ao contrário de países ricos, o comércio acontece às claras.





